Há muito tempo que desejava partilhar das muitas ideias ou questões que me inquietam no dia-a-dia, relativamente ao fenómeno do momento. A globalização.
Do ponto de vista Ocidental, aparentemente, o objectivo que se pretende alcançar com a tal fatalidade, a globalização, é a eliminação de fronteiras entre Estados, países e continentes, reduzindo deste modo, as diferenças raciais, económicas, sociais e até culturais; eliminação do conceito de Norte e Sul, do Este e Oeste, pela homogeneização de hábitos e modus vivendi entre todos os povos do planeta.
Isto implica, numa primeira fase, a transferência de técnicas, técnicos e tecnologias dos países Ocidentais para os países ditos pobres e, para África particularmente no sentido de estabelecer um equilíbrio económico, porque só assim é que podemos “falar a mesma língua”, aliás, além das técnicas, técnicos e tecnologias, transferem-se também as línguas, o Inglês principalmente. Eles (Ocidentais) oferecem-nos os seus computadores, os seus satélites, enfim, tudo quanto é necessário para se avançar rumo a um país ou Estado moderno.
Já do ponto de vista dos africanos, nem todos eles, visto que alguns, tal é o meu caso e de tantos outros “amigos” meus como Elísio Macamo, Florentino Dick Kassotche, Robert Mugabe e muitos outros que não posso aqui mencioná-los na totalidade, o fenómeno do momento implica uma base para se avançar rumo ao desenvolvimento ou modernidade. Os europeus “oferecem-nos” seus computadores, ensinam-nos a falar as línguas europeias, o Inglês principalmente, a usar a Internet, oferecem-nos os seus carros e transitamos, automaticamente da carroça animal, os seus aviões, enfim, tudo de “bom” que o africano não tinha. E eles, o que ganham em troca? Será que eles têm a missão “divina”, como alegavam com o colonialismo, de civilizar/modernizar a África e não desejam ou não têm nenhum retorno ou ganho? Que estranho.
Enquanto eles seleccionam o que querem ou devem enviar a África, inclusive os seus técnicos, no sentido inverso já não acontece o mesmo. São eles novamente que vêm para África e fazem a selecção do que querem e deixam o que não lhes interessa.
Dentre tantos outros, os produtos de que eles precisam são: o ouro, o diamante e o petróleo. Se nós queremos vender-lhes os produtos que produzimos internamente, tal é o caso do açúcar (em Moçambique), somos sujeitos a pagar taxas elevadíssimas visto que o nosso açúcar não é moderno.
Afinal, quem está de facto ajudando o outro a desenvolver? África ajudando o Ocidente ou o inverso.
O que me parece, na minha visão pacata e limitada, é que a África foi quem sempre ajudou o Ocidente a desenvolver e atingir o estagio actual e que ainda hoje o faz. O ouro, diamante e petróleo extraídos de África, quem faz a classificação, categorização e marcação dos preços é o Ocidente, mas para os Africanos, quem deve marcar os preços dos seus produtos são “eles”, que já são modernos.
Portanto, como diz o meu “amigo” Boaventura de Sousa Santos (2001), a Globalização é o conjunto de trocas desiguais, pelo qual um determinado artefacto, condição, entidade ou identidade local estende a sua influência para além das fronteiras nacionais...(pág. 69), os países Ocidentais estão mais preocupados em alargar o seu espaço de influência e exercendo ou dando continuidade a ideia de dominação(colonização, marginalizando deste jeito os africanos com a ideia de modernidade que, no meu entender, carece duma explicação exaustiva, ou então cada um tem o seu conceito de modernidade e, neste sentido, não seria necessária a intervenção Ocidental para tornar os africanos modernos, que sejam eles mesmos a definir o que é ser moderno para eles e quais são os passos a dar convista a alcançar o tal estágio.
Do ponto de vista Ocidental, aparentemente, o objectivo que se pretende alcançar com a tal fatalidade, a globalização, é a eliminação de fronteiras entre Estados, países e continentes, reduzindo deste modo, as diferenças raciais, económicas, sociais e até culturais; eliminação do conceito de Norte e Sul, do Este e Oeste, pela homogeneização de hábitos e modus vivendi entre todos os povos do planeta.
Isto implica, numa primeira fase, a transferência de técnicas, técnicos e tecnologias dos países Ocidentais para os países ditos pobres e, para África particularmente no sentido de estabelecer um equilíbrio económico, porque só assim é que podemos “falar a mesma língua”, aliás, além das técnicas, técnicos e tecnologias, transferem-se também as línguas, o Inglês principalmente. Eles (Ocidentais) oferecem-nos os seus computadores, os seus satélites, enfim, tudo quanto é necessário para se avançar rumo a um país ou Estado moderno.
Já do ponto de vista dos africanos, nem todos eles, visto que alguns, tal é o meu caso e de tantos outros “amigos” meus como Elísio Macamo, Florentino Dick Kassotche, Robert Mugabe e muitos outros que não posso aqui mencioná-los na totalidade, o fenómeno do momento implica uma base para se avançar rumo ao desenvolvimento ou modernidade. Os europeus “oferecem-nos” seus computadores, ensinam-nos a falar as línguas europeias, o Inglês principalmente, a usar a Internet, oferecem-nos os seus carros e transitamos, automaticamente da carroça animal, os seus aviões, enfim, tudo de “bom” que o africano não tinha. E eles, o que ganham em troca? Será que eles têm a missão “divina”, como alegavam com o colonialismo, de civilizar/modernizar a África e não desejam ou não têm nenhum retorno ou ganho? Que estranho.
Enquanto eles seleccionam o que querem ou devem enviar a África, inclusive os seus técnicos, no sentido inverso já não acontece o mesmo. São eles novamente que vêm para África e fazem a selecção do que querem e deixam o que não lhes interessa.
Dentre tantos outros, os produtos de que eles precisam são: o ouro, o diamante e o petróleo. Se nós queremos vender-lhes os produtos que produzimos internamente, tal é o caso do açúcar (em Moçambique), somos sujeitos a pagar taxas elevadíssimas visto que o nosso açúcar não é moderno.
Afinal, quem está de facto ajudando o outro a desenvolver? África ajudando o Ocidente ou o inverso.
O que me parece, na minha visão pacata e limitada, é que a África foi quem sempre ajudou o Ocidente a desenvolver e atingir o estagio actual e que ainda hoje o faz. O ouro, diamante e petróleo extraídos de África, quem faz a classificação, categorização e marcação dos preços é o Ocidente, mas para os Africanos, quem deve marcar os preços dos seus produtos são “eles”, que já são modernos.
Portanto, como diz o meu “amigo” Boaventura de Sousa Santos (2001), a Globalização é o conjunto de trocas desiguais, pelo qual um determinado artefacto, condição, entidade ou identidade local estende a sua influência para além das fronteiras nacionais...(pág. 69), os países Ocidentais estão mais preocupados em alargar o seu espaço de influência e exercendo ou dando continuidade a ideia de dominação(colonização, marginalizando deste jeito os africanos com a ideia de modernidade que, no meu entender, carece duma explicação exaustiva, ou então cada um tem o seu conceito de modernidade e, neste sentido, não seria necessária a intervenção Ocidental para tornar os africanos modernos, que sejam eles mesmos a definir o que é ser moderno para eles e quais são os passos a dar convista a alcançar o tal estágio.
1 comentário:
e sempre bom contar com jovens livres da 'nova caverna ocidental', pois dao nos esperanca de algum dia viermos a nos livrar deste pesadelo.
forca rapaz, nao es o unico nem estas louco, mas sim gritando em nome da Africa.
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